domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Teoria dos Fractais Biográficos ou a Biografia sem-fim
Nessa teoria o autor se coloca a questionar o modelo do jornalismo de sua época como sendo algo muito mecânico, baseado em um formato que conduza tudo de forma muito fria, com início, meio e fim, questiona assim essa rotina que vive o jornalismo e lança do desafio da busca. Dessa forma o jornalismo apenas busca adequar a informação ao que o leitor já se acostumou a ver e ler, a informação busca apenas dizer algo como sendo uma correta verdade, usando assim um formato que não faz questão de ter parâmetros paralelos aos já incorporados no sistema, quando muitas vezes apenas reflete a realidade ao que se pode ver, mas não uma verdade completa de quem busca olhar de variados modos, quando fogem do modelo tradicional do jornalismo.
O desafio então é construir um jornalismo sem a limitação do modelo seguido pelo jornalismo e da biografia padronizada no meio, assim como todos os seus vícios. O próprio cenário favorece a mudança do modelo que questiona Felipe Pena, considerando que hoje a biografia não é semelhante aos anos anteriores, pois essa biografia invasiva é escrita todos os dias pela mídia, não mais é pesquisado uma bibliografia que escrevia apenas o determinada pessoa desejava falar.
Assim uma biografia, ou nota jornalística não mais seria escrita tendo que seguir um modelo em formato fechado, com começo, meio e fim, e sim narras uma realidade que não tenha como preocupação apresentar uma história completa, apenas narrar uma etapa presenciada.
"Não se preocupe em desvendar as páginas da vida alheia. Contemple-as. O rastro de sangue na folha de papel é o que identifica a biografia e os biógrafos. Nós somos os açougueiros da alma." Pelipe Pena
Dessa forma nasce esse novo conceito de informação jornalística diferenciado, não de forma linear e de forma a acalmar o leitor. Todavia o autor reconhece que o formato utilizado facilita a venda, a narração e até a compreensão, mas não é fiel em mostrar as transformações existentes com fidelidade. Surgem assim pequenas histórias dentro de outras. Assim um leitor pode começar sua pesquisa ou leitura de qualquer página de uma história. Alem de que essa modalidade pode assim facilitar a interação com o leitor, podendo ele participar ao narrar a seu modo um evento.
Por fim o autor entende que o jornalismo em velocidade ainda lenta, envereda-se por esse caminho desafiador e novo, podendo assim transformar o meio jornalístico em alguns anos. Gerando assim um modelo biográfico sem fim.
By Jackson Bueno
O desafio então é construir um jornalismo sem a limitação do modelo seguido pelo jornalismo e da biografia padronizada no meio, assim como todos os seus vícios. O próprio cenário favorece a mudança do modelo que questiona Felipe Pena, considerando que hoje a biografia não é semelhante aos anos anteriores, pois essa biografia invasiva é escrita todos os dias pela mídia, não mais é pesquisado uma bibliografia que escrevia apenas o determinada pessoa desejava falar.
Assim uma biografia, ou nota jornalística não mais seria escrita tendo que seguir um modelo em formato fechado, com começo, meio e fim, e sim narras uma realidade que não tenha como preocupação apresentar uma história completa, apenas narrar uma etapa presenciada.
"Não se preocupe em desvendar as páginas da vida alheia. Contemple-as. O rastro de sangue na folha de papel é o que identifica a biografia e os biógrafos. Nós somos os açougueiros da alma." Pelipe Pena
Dessa forma nasce esse novo conceito de informação jornalística diferenciado, não de forma linear e de forma a acalmar o leitor. Todavia o autor reconhece que o formato utilizado facilita a venda, a narração e até a compreensão, mas não é fiel em mostrar as transformações existentes com fidelidade. Surgem assim pequenas histórias dentro de outras. Assim um leitor pode começar sua pesquisa ou leitura de qualquer página de uma história. Alem de que essa modalidade pode assim facilitar a interação com o leitor, podendo ele participar ao narrar a seu modo um evento.
Por fim o autor entende que o jornalismo em velocidade ainda lenta, envereda-se por esse caminho desafiador e novo, podendo assim transformar o meio jornalístico em alguns anos. Gerando assim um modelo biográfico sem fim.
By Jackson Bueno
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A Teoria Organizacional
Em suma essa teoria consiste em fazer um bom trabalho de comunicação, apurado, detalhado em seus emaranhados sem dar brechas a desvios, todavia esse bom trabalho não pode ser contrário ao interesses daqueles que estão dando o suporte maior a manutenção desse jornal, pois o veículo de comunicação precisa ser mantido, existindo ai a interferência direta da gestão do veículo de comunicação.
Existe ainda a questão de em uma redação cada um ter seu papel, assim como na sociedade, sendo o setor comercial o de maior destaque pela necessidade manutenção da estrutura.
Assim a questão do livre arbítrio se torna relativa quando se contrapõe ao interesse comercial que sustenta os meios de comunicação, uma vez que a manutenção dessa estrutura depende de investimentos externos, passando o setor comercial a direcionar o conteúdo de uma dada informação.
Sendo o espaço de cada um respeitado, um redator não sai do seu lugar para alterar a condução dada por um diretor de outro setor, entende que cada um tem seus motivos racionais para conduzir o processo do qual faz parte, assim se estrutura o veículo, assim se organiza tal modelo.
Por fim, o setor comercial é o grande destaque a ser observado por todos os setores antes de conduzir uma dada informação, de forma a atender os públicos de influência direta do jornal, afim de manter o sustento que vem através de seus patrocinadores.
By Jackson Bueno
Existe ainda a questão de em uma redação cada um ter seu papel, assim como na sociedade, sendo o setor comercial o de maior destaque pela necessidade manutenção da estrutura.
Assim a questão do livre arbítrio se torna relativa quando se contrapõe ao interesse comercial que sustenta os meios de comunicação, uma vez que a manutenção dessa estrutura depende de investimentos externos, passando o setor comercial a direcionar o conteúdo de uma dada informação.
Sendo o espaço de cada um respeitado, um redator não sai do seu lugar para alterar a condução dada por um diretor de outro setor, entende que cada um tem seus motivos racionais para conduzir o processo do qual faz parte, assim se estrutura o veículo, assim se organiza tal modelo.
Por fim, o setor comercial é o grande destaque a ser observado por todos os setores antes de conduzir uma dada informação, de forma a atender os públicos de influência direta do jornal, afim de manter o sustento que vem através de seus patrocinadores.
By Jackson Bueno
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Teoria Instrumentalista
Parte de um paradigma de estudos da parcialidade, cujo objetivo
é verificar ou não a existência de distorções nos textos noticiosos.
Há duas versões dessa teoria:
“Esquerda”: As notícias servem como instrumento para manter
a ordem capitalista. Aqui os teóricos “esquerdistas” defendem
uma idéia de que as notícias são produzidas para sustentar socialmente
a idéia de um mundo capitalista. Falam muito em teorias relacionadas
à manipulação da visão que temos de “realidade” e acusam a mídia de
agir de maneira parcial, ou seja, a favor dos interesses capitalistas, de consumo.
“Direita”: As notícias são utilizadas para questionar o sistema.
Os teóricos “direitistas” (que em sua maioria defendem o sistema
capitalista como natural) se defendem dizendo que as notícias não
estão a serviço do sistema capitalista, mas sim na contramão
desse sistema, questionando-o.
Essa teoria reflete a teoria do espelho na medida em que propõe
o estudo das distorções contidas nas notícias. Dessa forma,
a notícia aqui é encarada como reflexo/ reprodução da realidade.
Para os “esquerdistas” da Teoria Instrumentalista as notícias
são parte da publicidade que sustenta o sistema capitalista.
Valores como individualismo, competição e consumo aparecem
cotidianamente consolidados nas páginas dos jornais e telas da televisão.
Já os “direitistas defendem a idéia de que os jornalistas
formam uma classe social específica e distorcem as notícias
com o objetivo exatamente inverso: veicular idéias anticapitalistas”.
é verificar ou não a existência de distorções nos textos noticiosos.
Há duas versões dessa teoria:
“Esquerda”: As notícias servem como instrumento para manter
a ordem capitalista. Aqui os teóricos “esquerdistas” defendem
uma idéia de que as notícias são produzidas para sustentar socialmente
a idéia de um mundo capitalista. Falam muito em teorias relacionadas
à manipulação da visão que temos de “realidade” e acusam a mídia de
agir de maneira parcial, ou seja, a favor dos interesses capitalistas, de consumo.
“Direita”: As notícias são utilizadas para questionar o sistema.
Os teóricos “direitistas” (que em sua maioria defendem o sistema
capitalista como natural) se defendem dizendo que as notícias não
estão a serviço do sistema capitalista, mas sim na contramão
desse sistema, questionando-o.
Essa teoria reflete a teoria do espelho na medida em que propõe
o estudo das distorções contidas nas notícias. Dessa forma,
a notícia aqui é encarada como reflexo/ reprodução da realidade.
Para os “esquerdistas” da Teoria Instrumentalista as notícias
são parte da publicidade que sustenta o sistema capitalista.
Valores como individualismo, competição e consumo aparecem
cotidianamente consolidados nas páginas dos jornais e telas da televisão.
Já os “direitistas defendem a idéia de que os jornalistas
formam uma classe social específica e distorcem as notícias
com o objetivo exatamente inverso: veicular idéias anticapitalistas”.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Teoria Etnográfica
A palavra etno quer dizer cultura. A teoria etnográfica só ocorre a partir do momento em que existe uma pesquisa de campo, onde o pesquisador vai se despir de sua cultura para vivera cultura do outro.
Nessa metodologia o pesquisador não deve apenas conhecer profundamente a cultura que esta estudando, deve também se apropriar dela, fazer parte de sua dinâmica.
A teoria etnográfica consiste nas diferentes formas de ver o mesmo fato. O jornalista deve despir-se de suas visões estereotipadas para enxergar diferentes angulações e contextos. Ver com as lentes do outro.
Segundo Roberto DaMatta, para vestir a capa de etnólogo, é preciso realizar uma dupla tarefa: transformar o exótico em família e o familiar em exótico.
O método etnológico, acoplado à perspectiva teórica do newmaking, parece colocar uma pá de cal na teoria instrumentalista ao perceber que as rotinas profissionais têm muito mais influência na produção das notícias do que uma possível conspiração manipuladora da imprensa. Ou seja, a maior influência do jornalista é a sua propria cultura.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Teoria do Espelho
A Teoria do Espelho pressupõe que as notícias são como são porque a realidade assim as determina. O bom jornalista é aquele sujeito que observa tudo desinteressadamente e registra o que vê de maneira honesta e equilibrada. Além disso, é extremamente cuidadoso para que sua opinião não esteja presente na notícia, garantindo um retrato fiel da realidade, como na fotografia.
A teoria do espelho ainda é uma bússola norteadora dos manuais de redação e das regras de conduta dos jornais, pois parte-se do princípio de que seguir as regras do bom jornalismo, ou seja, escrevendo matérias de modo impessoal, ouvindo os dois lados da questão, o jornalista estaria retratando com maior fidelidade a realidade.
Nesse sentido a teoria é criticada, como aponta Felipe Pena, que o espelho pode não mostrar todos os ângulos, pois há dois tipos de espelhos: os planos e os esféricos, podendo ser refletido muitas vezes o que não é a realidade do fato no momento, deixando a imparcialidade de lado devido a distorções que possam acontecer.
Nesse sentido a teoria é criticada, como aponta Felipe Pena, que o espelho pode não mostrar todos os ângulos, pois há dois tipos de espelhos: os planos e os esféricos, podendo ser refletido muitas vezes o que não é a realidade do fato no momento, deixando a imparcialidade de lado devido a distorções que possam acontecer.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Teoria do agendamento
Os efeitos que as notícias podem causar são estudados sob duas perspectivas. A mais famosa dela é a teoria do agendamento, elaborada, principalmente, a partir de trabalhos de McCombs e Shaw. Segundo ela, as pessoas têm a tendência a incluir ou excluir de sua agenda de discussão aquilo que a mídia exclui ou inclui de seu conteúdo. Outra importante explicação sobre os efeitos foi desenvolvida pela alemã Elisabeth Noelle-Neuman, no livro A espiral do silêncio.
Para ela, há uma dificuldade de se mudar os hábitos, porque as pessoas tendem a esconder opiniões à ideologia majoritária. Assim a mídia, ao difundir apenas a ideologia majoritária, ajuda a manter o status quo.
Na terceira parte do livro, o autor aborda as tendências e alternativas atuais de fazer jornalismo. Fala de jornalismo de resistência, reportagem assistida por computador, jornalismo digital, jornalismo comunitário, correspondentes em guerra, jornalismo investigativo, imprensa universitária e jornalismo científico.
A construção do jornalismo como uma área do conhecimento humano é o assunto da parte final do livro. Pena afirma que "a Teoria do Jornalismo deve assumir sua cientificidade, o que significa investigar evidências, produzir dados e construir enunciados passíveis de revisão e refutação" (p. 218) e ressalta a importância do constante intercâmbio entre profissionais da redação e da academia.
Se é fato que teoria e prática caminham junto, como o autor, afirma a troca de conhecimento entre quem atua no mercado e quem está na academia ainda é muito pequena. Em parte porque muitas das pesquisas feitas na área de comunicação em nada contribuem para o jornalista de redação -é recente termos linhas de pesquisas específicas sobre jornalismo-, o que mostra um distanciamento da academia de questões mais práticas e cotidianas.
Por outro lado, a maior parte dos jornalistas de redação não reconhece a cientificidade de sua área, ignora a existência de teorias por traz de sua prática profissional -a entrada de disciplinas que abordam esta temática aconteceu principalmente nos anos 90- e não estão dispostos a refletir sobre suas ações. Teoria do Jornalismo é, sem dúvida, uma boa tentava de ligar a esfera que trabalha na imprensa com a que estuda, porque pode auxiliar a ambos.
Os efeitos que as notícias podem causar são estudados sob duas perspectivas. A mais famosa dela é a teoria do agendamento, elaborada, principalmente, a partir de trabalhos de McCombs e Shaw. Segundo ela, as pessoas têm a tendência a incluir ou excluir de sua agenda de discussão aquilo que a mídia exclui ou inclui de seu conteúdo. Outra importante explicação sobre os efeitos foi desenvolvida pela alemã Elisabeth Noelle-Neuman, no livro A espiral do silêncio.
Para ela, há uma dificuldade de se mudar os hábitos, porque as pessoas tendem a esconder opiniões à ideologia majoritária. Assim a mídia, ao difundir apenas a ideologia majoritária, ajuda a manter o status quo.
Na terceira parte do livro, o autor aborda as tendências e alternativas atuais de fazer jornalismo. Fala de jornalismo de resistência, reportagem assistida por computador, jornalismo digital, jornalismo comunitário, correspondentes em guerra, jornalismo investigativo, imprensa universitária e jornalismo científico.
A construção do jornalismo como uma área do conhecimento humano é o assunto da parte final do livro. Pena afirma que "a Teoria do Jornalismo deve assumir sua cientificidade, o que significa investigar evidências, produzir dados e construir enunciados passíveis de revisão e refutação" (p. 218) e ressalta a importância do constante intercâmbio entre profissionais da redação e da academia.
Se é fato que teoria e prática caminham junto, como o autor, afirma a troca de conhecimento entre quem atua no mercado e quem está na academia ainda é muito pequena. Em parte porque muitas das pesquisas feitas na área de comunicação em nada contribuem para o jornalista de redação -é recente termos linhas de pesquisas específicas sobre jornalismo-, o que mostra um distanciamento da academia de questões mais práticas e cotidianas.
Por outro lado, a maior parte dos jornalistas de redação não reconhece a cientificidade de sua área, ignora a existência de teorias por traz de sua prática profissional -a entrada de disciplinas que abordam esta temática aconteceu principalmente nos anos 90- e não estão dispostos a refletir sobre suas ações. Teoria do Jornalismo é, sem dúvida, uma boa tentava de ligar a esfera que trabalha na imprensa com a que estuda, porque pode auxiliar a ambos.
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